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Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
1 comentário:
Mandaste-me o endereço agora aguenta-te.
Para uma mulher de 45 anos, que frequentou o ensino superior quando apenas havia um computador para uma faculdade de engenharia inteira, que é contemporânea do ZX Spectrum (não sei se sabes o que é...), vítima de cansaço e desencanto crónicos, o mundo dos blogs sempre me pareceu uma espécie de crochet pós-moderno que seres desocupados tecem enquanto esperam pelo seu Ulisses. Tás a ver? Enfim, cá me vou adaptando, eu, que nem na adolescência tive a tentação de escrever diários. A propósito de olhares, António Damásio disse em entrevista ao Expresso:" Aquilo que caracteriza a evolução intelectual é o facto de termos a possibilidade de utilizar imagens no nosso processo de imaginação. Nos macacos essa possibilidade é limitada e a nossa não é. Construímos imagens no futuro, combinamo-las com o passado e essa manipulação é permitida pelo cérebro."
Somos o único animal que pode construir mundos de fantasia. Quando atingimos este patamar evolutivo, tudo é possível- para o bem e para o mal.
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