quinta-feira, 21 de maio de 2009
Tempo descompassado
É difícil encontrar, na minha vida, uma fórmula harmoniosa do compasso do meu tempo. Parece que a minha estrutura rítmica está descompassada.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Escalas do real
Para quem não sabe, parece ser este o meu caso, uma escala é a relação entre as distâncias representadas num mapa e as correspondentes distâncias reais. Ora, se pensarmos um pouco, quer num caso, quer noutro, trata-se sempre de uma relação entre representações do real e nunca do real em si.
Afinal o que é isto do real? Se formos para o campo sentimentalóide do sombrio e escuro, onde me sinto um peixe dentro de água, o que têm os sentimentos de sofrimento, dor, desilusão, angústia, desaire, tristeza, infelicidade e solidão, de real? No fundo, tanta realidade real e simultaneamente tão irreal!
Se atentarmos no campo do irreal, podemos sempre imaginar que, dentro de nós, existe um buraco negro onde, algures à nascença ficou perdido uma espécie de artesão cujo simples papel é tratar-nos da escala. Assim, consoante o seu real estado de espírito, ora nos vai dando uma folga no torniquete das emoções, ora o aperta até ao limite, na tentativa de ele próprio perceber o que significa o limite.
No fundo, este artesão é um brincalhão. Gosta de se divertir a brincar às escalas; reduz ou aumenta a realidade conforme lhe dá na telha. No fundo, é tudo uma questão de relativizar a dimensão do real. Tudo depende do que queremos representar- emoções de grande escala ou emoções de pequena escala. Todas elas, porém, podem ser reduzidas a uma folha de papel A4.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Raio-X de emoções!
Há doenças que se diagnosticam facilmente. Um simples raio-x revela uma mancha num pulmão, um braço partido, um dedo desfeito, um pé torcido, um nariz partido.
Perder um membro, ou qualquer parte de nós, pode constituir uma experiência traumatizante para o ser humano. O que fazer se, de repente, já não há uma perna que equilibre e um pé que deixe caminhar? O que sentir se, inesperadamente, as cores se fundem todas numa monotonia negra e o que se vê passa a ser apenas escuridão? O que esperar se, de repente, os órgãos que nos mantêm vivos se tornam disfuncionais?
Como diagnosticar a incomensurabilidade das emoções que diariamente nos maceram a alma e o corpo?
Perder um membro, ou qualquer parte de nós, pode constituir uma experiência traumatizante para o ser humano. O que fazer se, de repente, já não há uma perna que equilibre e um pé que deixe caminhar? O que sentir se, inesperadamente, as cores se fundem todas numa monotonia negra e o que se vê passa a ser apenas escuridão? O que esperar se, de repente, os órgãos que nos mantêm vivos se tornam disfuncionais?
Como diagnosticar a incomensurabilidade das emoções que diariamente nos maceram a alma e o corpo?
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Sonho e realidade...
" Não me indigno porque a indignação é para os fortes; não me resigno, porque a resignação é para os nobres; não me calo porque o silêncio é para os grandes. E eu nem sou forte, nem nobre nem grande. Sofro e sonho. Queixo-me porque sou fraco e, porque sou artista, entretenho-me a tecer musicais as minhas queixas e a arranjar meus sonhos conforme me parece melhor à minha ideia de os achar belos.
Só lamento não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos, o não ser doido para que pudesse afastar da alma de todos os que me cercam, (...)
Tomar o sonho por real, viver demasiado os sonhos deu-me este espinho à rosa falsa de minha sonhada vida: que nem os sonhos me agradam, porque lhes acho defeitos."
Bernado Soares
Só lamento não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos, o não ser doido para que pudesse afastar da alma de todos os que me cercam, (...)
Tomar o sonho por real, viver demasiado os sonhos deu-me este espinho à rosa falsa de minha sonhada vida: que nem os sonhos me agradam, porque lhes acho defeitos."
Bernado Soares
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Um dia triste
domingo, 10 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
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