domingo, 20 de julho de 2008

Mente sã em casa doentia!

Poderia ser uma história kafkiana a que se tem construido em minha casa. Cada vez que me aproximo e abro a porta, deparo-me com complicadíssimos labirintos que a minha lógica rasteira não consegue resolver. Entro numa divisão e vejo objectos estranhos que parecem ganhar vida e mover-se de dia para dia. Quando julgo ter acabado de resolver um enigma já outro se me apresenta. Isto não tem fim! A minha casa metamorfoseou-se e quer arrastar-me, juntamente, na confusão.
Hoje vinguei-me. Fechei a porta e fui domir a sesta. Que bem que me soube esta pequena vingança!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Uma questão de imagem

Costumo dizer que as pessoas têm uma ideia errada de mim. Quando penso nisso questiono-me se não serei eu própria que ajudo a construir essa imagem desfocada daquilo que eu penso ser. Vamos por partes; há quem julgue que me tenho em grande conta, com manias de super-mulher, megalómana, que se julga com uma capacidade extrema de trabalho, capaz de fazer um pouco de tudo, rápida, pragmática mas que,no fundo, não é esse o meu verdadeiro eu. Há quem pense que o meu lado mais genuíno reside nas minhas fragilidades ou na minha maior fragilidade que é, no fundo, o jeito inato para me vitimizar, para dizer que a vida foi madrasta comigo, que é tudo difícil e tirado a ferros e sei lá mais que lamentos. De facto, até acho que me vitimizo, que sou amarga e que tenho uma vida demasiado pesada, pelo menos, em relação às expectativas que construí referentes à minha vida. O que eu não sei é a origem dessa vitimização que é, de facto, um traço recorrente em mim.

O que é certo é que por debaixo da máscara de fortaleza, existe um ser humano frágil, com cicatrizes, carente, com uma grande necessidade de ser aceite e amado pelo outro. Será que tudo o que faço é para agradar o outro? E o que faço eu para me agradar?

Amor e uma cabana!

Vivemos numa sociedade cada vez mais consumista e consumidora de sonhos. Entram-nos pelos olhos imagens de vidas perfeitas, passadas em casas de sonho, com relvados verdejantes, piscinas, cadeirões e recantos que fariam a delícia do nosso ego.
Exteriormente podemos sempre mobilar-nos com o que está mais "in" e próximo do que nos seduz e seduz o outro. E interiormente, o que pode o dinheiro fazer por nós? Construir a nossa identidade?



sexta-feira, 11 de julho de 2008

"Laivos de análise selvagem"



Algures no tempo foi-me feita uma pergunta que ainda rumina dentro de mim: "afinal o que queres mais da vida? O que te falta?"
Continuo a não saber a resposta. Sei, no entanto, que isso me dá cabo da existência.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sobre o olhar!






Porque o meu blog é, acima de tudo, feito de imagens, partilho aqui algumas em que o meu olhar se tem demorado e deliciado.