
Das pinceladas assimétricas surge, a rasgar a monotonia do negro, uma imagem fugaz de infância, onde o desejo de construir papagaios reluzentes, mesmo sem céu para os deixar voar, nos faz flutuar o pensamento.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
2 comentários:
ena, ena...tanta mensagem! Apetecia-me voltar a ser criança para não ter certas preocupações e brincar com papagaios ou outros brinquedos.Pergunta: se uma imagem vale por mil palavras, as palavras tornam-se desnecessárias?
Há imagens que falam por si. Ainda assim, pelo menos para mim, imagens e palavras são indissociáveis.
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