sexta-feira, 11 de julho de 2008

"Laivos de análise selvagem"



Algures no tempo foi-me feita uma pergunta que ainda rumina dentro de mim: "afinal o que queres mais da vida? O que te falta?"
Continuo a não saber a resposta. Sei, no entanto, que isso me dá cabo da existência.

2 comentários:

LetrasAlinhadas disse...

Gostei de visitar, boas escolhas literárias, excelentes gravuras. Vou voltar!

Paula C. disse...

Muito sugestiva, a aguarela!
Da imortal Sophia:
" Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face

Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio.

Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente"