Cai a chuva sem porquê.
Sinto sem porquê, mas sinto.
Estou presa, dentro de mim, ao eterno (des)equilibrio do sem porquê.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
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