Volto ao encontro do riso e do choro das palavras, do prazer quente que elas me dão.
Desfolho-me em murmúrios desconexos e amarelecidos que, caídos no chão, baloiçam ao som do vento e se perdem na multidão.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
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