Presentemente lido com alguns problemas de encaixe. Tal como as crianças, que por tentativa e erro, vão encaixando as diferentes formas geométricas nas respectivas ranhuras, tento encaixar as dificuldades , no puzzle das minhas emoções, consoante a forma e intensidade com que se me apresentam. Fico, no entanto, sempre com a sensação que atrás de uma dificuldade vem outra e já perdi a noção de forma geométrica, de ranhura, de encaixe e tudo está de pernas para o ar. Tenho a vida desarrumada e não sei onde me encaixar. Não encontro saída para quase nenhuma das formas variadas de dor e sofrimento que me vai na alma. Por mais que tente volto sempre ao mesmo - ao buraco. Isto das emoções é muito complicado. É quase tão complicado como tentar encaixar um quadrado na ranhura de um círculo.
Desejos perversos do invejoso
Há 11 anos
2 comentários:
Há dois remédios para voltar a encontrar o Norte:
1)Ler um autor que não tem feito mais do que isso: tentar arrumar" as emoções (o nosso, nosso? António Damásio).
2)Em vez de cair no "buraco", ir de Metro, de metro?, até à "Buraca"! É uma zona de Lisboa que deve ter o seu interesse...
Se nenhum destes remédios resultar,é preciso um pouco mais de imaginação! Ou de melhorar a "percepção" que temos das coisas,das pessoas, de nós próprios. Voltar a ver claro no mar de águas turvas!
F.P.
A quantidade de derivações da palavra "caixa" existente neste texto fez-me procurar os seus significados. Segundo uma das definições, "encaixar" é "meter à força".
Será esta a melhor forma de viver? - encaixando tudo em algum lado em vez de, pelo contrário, alargar horizontes? A alma também precisa de expansão para enriquecer.
No final do texto, no entanto, uma réstia de esperança aparece. É que encaixar um quadrado na ranhura de um círculo é algo limitado. Nas emoções o "quase" deixa uma porta aberta. Abri-la pode ser uma saída.
:)
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