Tenho andado afastada da escrita. Parece que me zanguei com ela pelo simples facto de me confrontar e obrigar, de um modo mais lúcido, a olhar para mim.
Pelos vistos, preciso mais dela do que pensava.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
1 comentário:
Olhar lúcido é olhar urgente. A escrita ajuda. Quando dela se faz rotina, quando o empenho a traz limpinha cá para fora :)
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