sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A propósito das línguas





Não é por acaso que hoje em dia se fala muito da importância e necessidade de conhecer várias línguas. Sem entrar em promiscuidades é, no entanto, certo que quanto ao tamanho as há de todo o género: afiadas, compridas, de trapo, de palmo e meio, viperinas...
O que me parece importante é fazer algo com a língua, como, por exemplo, desprendê-la, desenferrujá-la, pô-la em forma, exercitá-la para que dela se tire o devido proveito.
Actualmente fala-se muito mal. Mal-diz-se. Não se conhece a própria língua; às vezes até nos parece estrangeira. Deve ser por isso que aprender línguas é cada vez mais difícil. Ouvem-se os professores, queixosos e deprimidos, dizer que os seus alunos sabem cada vez menos e têm cada vez menos competência na língua. Afinal onde pára a língua? Em que altura do seu crescimento é que os nossos alunos deixaram de usar a língua e passaram a (ab) usá-la? E os professores, seremos nós capazes de (re) usar a língua?

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