Desejos perversos do invejoso
Há 11 anos
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
2 comentários:
Depus a máscara e vi-me ao espelho.
Era a criança de há quatro anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passdo que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.
Álvaro de campos
No fundo, todos somos actores natos, fazemos a nossa própria novela, temos vícios emocionais, e para isso temos máscaras, para esconder alguns deles, para acentuar outros tantos...
Talvez, hoje uses aquela que te tranquiliza sem no entanto te apaziguar ...
A questão não tanto é usar "a máscara da mulher de ferro", mas antes: por que motivo a usas, por que precisas dela, qual a sua função...na tua vida?
Mais uma pergunta que vai ficar sem resposta...envolta no nevoeiro da poesia, um véu (de palavras)como tantos outros...em torno desse ponto de "real" de que nada queremos saber.
F.P.
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