
Sinto-me vergada pelo peso dos meus medos
no caminho uma ausência de passos
no rosto uma tristeza seca
no corpo um peso desmedido
na alma um vazio profundo.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia, com furibunda concepção. Com alguma ironia furibunda. Sou uma devastação inteligente. Com malmequeres fabulosos. Ouro por cima. A madrugada ou a noite triste tocadas em trompete. Sou alguma coisa audível, sensível. Um movimento. Herberto Helder, Poemacto II
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